Igreja do Rosário 5a3n71
A Igreja do Rosário foi construída com a Pedra São Tomé é oficialmente conhecida pelos historiadores e moradores da cidade como Igreja Nossa Senhora do Rosário. Faz parte do Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da Capela de Nossa Senhora do Rosário. Contadores de histórias de São Thomé das Letras afirmam que os escravos construíram tal espaço, inicialmente para práticas de ritos afro-descendentes e apenas em 1995 que o local foi transformado, de fato, em uma Igreja Católica. 2l2l6m
No final da década de 60 ainda faltava terminar parte das paredes de pedra e construir o telhado, além do acabamento interno, mas no início da década de 70, um vento muito forte derrubou a frente da Igreja inacabada. Nesta mesma década de 70, muitos visitantes acampavam no seu interior.
A Igreja do Rosário de São Thomé das Letras compõe um Conjunto Arquitetônico tombado pelo IEPHA pelo decreto n. 24.328 de 22 de março de 1985, juntamente com a Praça de Nossa Senhora do Rosário e ruas que cercam o entorno. Existem cultos regulares no local.
Sua história é remota. Acredita-se que as obras desta igreja tenham sido iniciadas logo após o término da Igreja Matriz, o que teria acontecido ao final do século XVIII. A igreja seria para os escravos, tanto é que Nossa Senhora do Rosário é a Padroeira dos escravos.
A chacina ocorrida contra os Junqueira, na Fazenda Bela Cruz e o fato da crucificação do fazendeiro (já que a cruz era bela, porque não a deixar “mais bela”, com um nobre a enfeitando, teriam dito os escravos revoltosos), teria sido por um motivo de ”sedução”, ou outro ligado ao abuso dos feitores para com as escravas, o que teria gerado uma menina através da copulação de um filho do Barão de Alfenas (apelidado de “Querer Bem”) com uma mucama.
Os escravos participantes da chacina foram denunciados por outros escravos em troca de regalias. Uma antiga lenda conta que os muros que fariam parte da igreja teriam sido “excomungado” pelos sacerdotes religiosos da época, assim como as almas dos negros revoltosos teriam sido condenados a habitar aquelas frestas após o abandono do corpo por um longo período, superior a um século.
Os escravos teriam sido enterrados vivos em um terreno cuja composição era saibro, malacacheta e mica, o que os fez secar, opôs o qual teriam sido ou enterrados no interior da construção, ou jogados dentro de uma gruta, conhecida como gruta do “corpo seco”, porém, ninguém sabe informar ao certo sua localização.
Tal condenação havia sido algo fora do comum para a época e a notícia se espalhou pela região. Poucos eram os que arriscaram ar próximo daqueles muros. Como não havia barreiras em redor dos imponentes e solitários muros, associadas com os portais abertos, nas noites de vento forte podia-se ouvir um assobio descomado à distância.
Até a década de 40 não ainda não havia nenhuma casa próxima, foi quando iniciou-se pequenas obras. O “castigo” já havia acabado. A construção com a pedra envelhecida e negra ganhou telhado na década de 80, mas somente foi concluída em 1995, quando finalmente pode ser consagrada a benção do altar.
City Tour Portal São Thomé
Inicie seus eios na cidade visitando o Centro Histórico e Igreja Matriz de São Thomé das Letras, siga em direção aos atrativos do Parque Municipal Antônio Rosa e termine os eios visitando o Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da Capela de Nossa Senhora do Rosário, conforme apresentado no mapa abaixo:
Fontes Pesquisadas:
Acervo Turismo GOV de MG.
Portal São Thomé: www.saothomedasletras.diariomineiro.net
Relação de endereços e proprietários das ruas incluídas no Tombamento/IEPHA – Maria Angélica.
Moradores e guias de São Thomé das Letras.
KAYAPÓ, Ricardo. De Letras em Letras. Pag. 45-48. 1ª Ed. São Thomé das Letras: Caminhos de Minas, 2005.
A Igreja do Rosário faz parte do City Tour